Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/11612/2340
Authors: Farias, Valdemir Ribeiro
metadata.dc.contributor.advisor: Soares, Paulo Sergio Gomes
Title: O planejamento do ensino de Filosofia no ensino médio: uma proposta de formação humana que articula educação, sujeito e história
Keywords: Ensino de Filosofia; Planejamento das aulas para o Ensino de Filosofia; Educação; Sujeito e História; Teaching Philosophy; Planning classes for the Teaching of Philosophy; Education; Subject and History
Issue Date: 16-Dec-2020
Publisher: UFT
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Citation: FARIAS, Valdemir Ribeiro. O planejamento do ensino de Filosofia no ensino médio: uma proposta de formação humana que articula educação, sujeito e história.2020.116f. Dissertação (Mestrado Profissional em Filosofia) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Palmas, 2020.
metadata.dc.description.resumo: O planejamento do Ensino de Filosofia no Ensino Médio tem impacto importante no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, pois quando a escola prioriza o processo de ensino e aprendizagem, por meio de procedimentos pré-definidos, os resultados na aprendizagem são visíveis. O objetivo dessa dissertação é apresentar o processo de desenvolvimento de uma proposta de planejamento participativo e interdisciplinar das aulas de Filosofia no Colégio Estadual Campos Brasil e no Centro de Ensino Médio Castelo Branco, localizadas no município de Araguaína, estado do Tocantins, com o objetivo de fundamentar um modelo de planejamento de aula, a título de produto, em que se articulem a educação, o sujeito e a história. Para a análise teórico-prática da pesquisa, adotamos os critérios da Pedagogia Histórico-Crítica com o apoio da perspectiva dialética do pensamento do filósofo italiano Antônio Gramsci, que fornecem as pistas para a construção de um planejamento contextualizado com a realidade sociocultural dos alunos do Ensino Médio. O problema de pesquisa procurou responder a uma situação cotidiana no processo de ensino e aprendizagem do Ensino de Filosofia, que é o desinteresse dos alunos pelos conteúdos e pela própria disciplina. Em diferentes ocasiões da minha história como docente, inclusive durante o estágio obrigatório no Curso de Filosofia, observei que o problema poderia não estar nos alunos, mas nas aulas. Esse problema acompanhou boa parte da minha experiência profissional e, no mestrado, resolvi encarar a questão, partindo das seguintes evidências: 1) desinteresse dos alunos pelas aulas de Filosofia; 2) professores sem formação específica na área, atuando apenas para a complementação da carga horária; 3) ausência de planejamento contextualizado das aulas de Filosofia. A hipótese fundamental era que essas evidências se interconectavam e as aulas acabavam sendo receptáculos desses problemas e não atingindo o objetivo de formação humana, que é próprio da Filosofia. Ao propor o planejamento participativo junto aos professores dessas duas escolas foi possível investigar e observar – do ponto de vista do observador privilegiado e participante – o problema se evidenciar com clareza. Percebi que o problema estava nos conteúdos ensinados sem nenhum vínculo com a vida dos alunos, apenas com o uso do material didático (normalmente o livro) e sem a atualização do problema filosófico presente na História da Filosofia. Qual a relação dos problemas filosóficos com a vida prática? Como produzir um planejamento das aulas que pudesse contextualizar a realidade sociocultural dos alunos do Ensino Médio com os problemas filosóficos, para tornar as aulas interessantes e significativas? A dissertação trata desses problemas e procura trazer, de forma descritiva, mas com a devida análise crítica, o desenvolvimento do planejamento participativo realizado junto com três professores que lecionaram a disciplina nas escolas, os dois coordenadores pedagógicos das respectivas unidades e o assessor de currículo da Diretoria Regional de Educação de Araguaína (DREA). Eles aceitaram participar da pesquisa e passamos a construir o planejamento das aulas de forma participativa e procurando alternativas de incluir os alunos como sujeitos históricos, como forma de produzir uma articulação entre a educação, o sujeito e a história. Os professores participaram do planejamento participativo e puderam expor a sua concepção de planejamento e produzir os fundamentos para a construção do planejamento das aulas de Filosofia. Durante a pesquisa foi desenvolvido um modelo de planejamento de aula participativo para as três séries do Ensino Médio, que são apresentados como produtos ao Mestrado Profissional em Filosofia. Entendemos que essa é a nossa contribuição para os professores e para o ensino, esperando que o modelo possa ser replicado em outros contextos e auxilie com a educação das classes populares com uma formação humana crítica e capaz de transformar a realidade
Abstract: The planning of Teaching Philosophy in High School has an important impact on the teaching and learning process of students, because when the school prioritizes the teaching and learning process, through pre-defined procedures, the results in learning are visible. The objective of this dissertation is to present the process of developing a proposal for participatory and interdisciplinary planning of Philosophy classes at Colégio Estadual Campos Brasil and at Castelo Branco High School, located in the municipality of Araguaína, state of Tocantins, with the objective of to base a lesson planning model, as a product, in which education, the subject and history are articulated. For the theoretical-practical analysis of the research, we adopted the criteria of Historical-Critical Pedagogy with the support of the historical-critical perspective of the thought of the Italian philosopher Antônio Gramsci, which provide the clues for the construction of a contextualized planning with the socio-cultural reality of the students from highschool. The research problem sought to respond to a daily situation in the teaching and learning process of Teaching Philosophy, which is the students' lack of interest in the content and the discipline itself. On different occasions in my history as a teacher, including during the mandatory internship in the Philosophy Course, I noticed that the problem might not be in the students, but in the classes. This problem accompanied a good part of my professional experience and, in the master's degree, I decided to face the issue, starting from the following evidences: 1) students' lack of interest in Philosophy classes; 2) teachers without specific training in the area, working only to complement the workload; 3) absence of contextualized planning of Philosophy classes. The fundamental hypothesis was that these evidences were interconnected and the classes ended up being receptacles of these problems and not reaching the objective of human formation, which is typical of Philosophy. When proposing participatory planning with the teachers of these two schools, it was possible to investigate and observe - from the point of view of the privileged and participating observer - the problem is clearly evident. I realized that the problem was in the contents taught without any connection with the students' lives, only with the use of didactic material (usually the book) and without updating the philosophical problem present in the History of Philosophy. What is the relationship between philosophical problems and practical life? How to produce a lesson plan that could contextualize the socio-cultural reality of high school students with philosophical problems, to make classes interesting and meaningful? The dissertation addresses these problems and seeks to bring, in a descriptive way, but with due critical analysis, the development of participatory planning carried out together with three teachers who taught the discipline in schools, the two pedagogical coordinators of the respective units and the curriculum advisor of the Regional Directorate of Education of Araguaína (DREA). They accepted to participate in the research and we started to build the planning of classes in a participatory way and looking for alternatives to include students as historical subjects, as a way of producing an articulation between education, the subject and history. Teachers participated in participatory planning and were able to expose their conception of planning and produce the fundamentals for the construction of the planning of Philosophy classes. During the research, a participatory class planning model was developed for the three grades of high school, which are presented as products to the Professional Master in Philosophy. We understand that this is our contribution to teachers and teaching, hoping that the model can be replicated in other contexts and helps with the education of the popular classes with a critical human formation capable of transforming reality
URI: http://hdl.handle.net/11612/2340
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