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dc.contributor.advisorSilva, Wagner Rodrigues-
dc.contributor.authorMendes, Maria Elaine-
dc.date.accessioned2021-11-09T17:49:01Z-
dc.date.available2021-11-09T17:49:01Z-
dc.date.issued2020-08-03-
dc.identifier.citationMENDES, Maria Elaine. O bazar das línguas: aprendizagem de idiomas e práticas de linguagem num mercado turístico egípcio.2021. 241f. Tese (Doutorado em Letras: ensino de Língua e Literatura) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Letras: ensino de Língua e Literatura, Araguaína, 2021.pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11612/3288-
dc.description.abstractThis thesis presents a research on language learning in the market of the city of Aswan, Egypt, where shop and stall owners speak languages of European, Asian and American countries in daily conversations with tourists. This peculiarity aroused interest in researching this place by troubling the learning process and its apprentices. Its starting point is the following questions: when did the market become a place of language learning/use? What languages are learned the most and why? What does it mean to know languages for the vendors? When, with whom and how do they use the languages they learn? The research aimed to understand the market as a historical-contextual place of language learning/practice and the learning conceptions of the vendors as well as to outline circumstances of learning/use of the learned languages. The methodology followed guidelines of the qualitative approach, oral history and ethnography, consistent with the contours of the investigation and the context studied. The analysis data derived from verbal interactions (conversations and interviews), observation, field notes, documents and bibliography. The main analysis has relied on the interviews transcription with nineteen people (one woman). The analysis considered speeches and conversations with people who were not interviewed but who participated in the research in some way. The methodological framework draws from Lüdke and André (1986), Goldenberg (1997), Minayo (2001) — as to the approach; Alberti (2006), Amado e Ferreiro (2002) and Portelli (1997; 2001) — regarding oral history; Roberts et al. (2001), Rampton (2006), Blommaert e Jie (2010) and Carranza 2013) — regarding ethnography, among others. The theoretical framework deals with geographic-ideological divisions such as West/East and Northern/Southern Hemisphere (SAID, 1997; SANTOS, 2009; 2010) and Western sciences, epistemologies of marginalized peoples and cultures, and knowledge making (SANTOS, 2003; 2004; 2010; 2013; DEMO, 2006; WILTON, NEW A. STEGU, 2011). Besides, it dealt with applied linguistics premises as to research critical and interdisciplinary perspective (LOPES, 2006; RAJAGOPALAN, 2004;) and language practices and the use of language as a social practice (PENNYCOOK, 2010; CANAGARAJAH, 2013). Results indicate that: the use of languages other than Arabic in Aswan is millennial and was stimulated by tourism, at first in hotels, then in the market and on the streets, especially English. In the market, the presence of tourists raised demands on vendors regarding receiving, dealing and negotiating. Interaction would be relevant for those who depend on tourism to survive. Learning a minimum of languages other than Arabic has become a common experience for many. The market has turned out to be a place to learn languages and use them in daily activities. There are those whose learning and user transit between the market and their home, as well as those who seek to learn by observing and imitating models (actors). Vendors build not only linguistic knowledge, but also knowledge on language learning, to the point of using it in attempts to teach Arabic. Some use languages such as English in a thoughtful way. Others with more linguistic skills help mediate conversations between their market peers with fewer verbal resources, creating a sense of solidarity in social practices. The studied context calls into question conceptions such as that one regarding linguistic correction as an elementary condition for commercial practices in more than one language: negotiation, purchase, sale and meeting of social practice needs.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectLegitimação de saberes; Comércio; Turismo; Multilinguismo; África; Legitimization of knowledge; Shopping; Tourism; Multilingualismpt_BR
dc.titleO bazar das línguas: aprendizagem de idiomas e práticas de linguagem num mercado turístico egípciopt_BR
dc.description.resumoEsta tese apresenta resultados de pesquisa sobre aprendizagem de línguas no mercado da cidade de Aswan, Egito, onde comerciantes falam idiomas de países europeus, asiáticos e americanos diariamente com turistas. Tal peculiaridade suscitou o interesse em investigar esse lugar (problematizar o processo de aprendizagem e os aprendizes) partindo destas perguntas: quando o mercado se tornou lugar de aprendizagem/uso de idiomas? Que línguas mais se aprendem e por quê? O que significa saber línguas para os comerciantes? Quando, com quem e como os comerciantes usam as línguas aprendidas? A pesquisa objetivou: compreender tanto o mercado como lugar histórico contextual de aprendizagem/prática linguística quanto as concepções de aprendizagem dos comerciantes, bem como delinear circunstâncias de aprendizagem/uso das línguas aprendidas. A metodologia seguiu preceitos da abordagem qualitativa, da história oral e da etnografia, coerentes com os contornos da investigação e o contexto pesquisado. Os dados de análise derivaram de interações verbais (conversas e entrevistas), observação, notas de campo, documentos e bibliografia. A análise se valeu, sobretudo, da transcrição das entrevistas, dadas por dezenove pessoas (uma mulher). Foram consideradas falas de pessoas não entrevistadas mas cujo conteúdo foi útil como dado de pesquisa de. O referencial metodológico incluiu fundamentos de Lüdke e André (1986), Goldenberg (1997), Minayo (2001) — quanto à abordagem; Alberti (2006), Amado e Ferreiro (2002) e Portelli (1997; 2001) — quanto à história oral; Roberts et al. (2001), Rampton (2006), Blommaert e Jie (2010) e Carranza 2013) — quanto à etnografia, dentre outros. O referencial teórico-conceitual incluiu premissas sobre divisões geográfico-ideológicas como ocidente e oriente e hemisfério norte/sul (SAID, 1997; SANTOS, 2009; 2010) e ciências ocidentais, epistemologias de povos e culturas silenciados e produção de conhecimentos (SANTOS, 2003; 2004; 2010; 2013; DEMO, 2006; WILTON; STEGU, 2011); premissas da Linguística Aplicada como a perspectiva crítica e interdisciplinar da pesquisa (LOPES, 2006; RAJAGOPALAN, 2004;) e das práticas de linguagem e do uso da língua como prática social (PENNYCOOK, 2010; CANAGARAJAH, 2013). Os resultados apontam que: o uso de línguas que não o árabe em Aswan é milenar e foi estimulado pelo turismo, de início em hotéis de luxo, depois no mercado e nas ruas da cidade, sobretudo o inglês. No mercado, a presença de turistas suscitou demandas nos comerciantes quanto a receber, lidar e negociar com os turistas. A interação seria relevante para quem depende do turismo para sobreviver. Aprender um mínimo de idiomas que não o árabe passou a ser experiência comum a muitos. O mercado, então, passar a ser, também, lugar de aprender línguas e usá-las em atividades diárias. Há comerciantes cuja aprendizagem e cujo emprego de línguas que não o árabe transita entre o mercado e a residência, bem como os que procuram aprender pela observação e imitação de modelos (atores) e que aprendem dada língua por gostar. Os comerciantes constroem conhecimentos não só linguísticos, mas também sobre aprendizagem linguística, a ponto de usá-los em tentativas de ensinar árabe. Alguns usam línguas como inglês em reflexões críticas da realidade. Outros com mais conhecimentos linguísticos ajudam a mediar conversas entre turistas e colegas de mercado com menos recursos verbais, criando um sentido de solidariedade. O contexto estudado põe em questão concepções como a de que correção linguística seria condição elementar à prática comercial: negociação, compra, venda e satisfação de necessidades da prática social.pt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTESpt_BR
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