Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/11612/3673
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dc.contributor.advisorNascimento, Ladislau Ribeiro do-
dc.contributor.authorSantos, Wítano de Oliveira-
dc.date.accessioned2022-03-06T12:59:01Z-
dc.date.available2022-03-06T12:59:01Z-
dc.date.issued2022-03-06-
dc.identifier.citationSANTOS, Wítano de Oliveira. Relações entre racismo e medicalização na educação. 2021. 52 f. Artigo de Monografia (Graduação) - Curso de Psicologia, UFT, Miracema do Tocantins, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11612/3673-
dc.description.abstractThe present work arises from a concern about the medicalization process and how it would be, or not, intertwined with racism, since the social project of the construction of Brazil as a nation is strongly crossed by racism. With the objective of elaborating a theoretical essay on race and medicalization, a bibliographical research was carried out. The study was produced in two stages. At first, we carried out a narrative review based on the consultation of articles, books, theses and dissertations on racism, subjectivity and medicalization. This stage was designed to enable the theoretical foundation. In a second moment, we produced a systematic review, based on a bibliographic survey on the VHL-Psi and SciELO platforms. In this stage, we used the descriptors “medicalization and medicalization of education”. We selected 25 articles that were read, recorded and organized into two groups. The first brought together texts in which racism and medicalization were brought together. The term race appeared, often alongside social class, however, without further analysis, elaboration and articulation. The second group of articles, in turn, pointed to the relationship between racism and medicalization in education, considering the intertwining of this phenomenon with racist ideals, discourses and practices. It was noticed that, since the transition from Brazil Empire to Brazil Republic, the school institution has been crossed by practices and speeches inspired by the ideals of eugenics and mental hygiene that stipulated a model of ideal student - white, bourgeois, Europeanized. Science, for some time, has shown itself to be allied with racism, as it has spread and legitimized a supposed social and intellectual inferiority of black people, in contrast to what would be white superiority. It was noticed that through biopower strategies, the practice of medicalization keeps young black people on the sidelines. The mistaken prescription of medication for a large portion of students, especially in public schools, results in the silencing of voices and the docility of bodies that could point to the fractures of a structurally racist educational system. Rebellion and refusal through a context in which black subjectivity is not welcomed, nor space and possibilities, come to be understood as symptoms of pathologies supposedly inscribed in the bodies and minds of the educated black population. Thus, the regulation of behaviors, attitudes and postures through psychotropic drugs make resistance in the face of racism put into operation at structural, institutional, interpersonal and individual levels. Demonstrations with the potential to denounce and confront racism in the school environment are numbed and softened. Furthermore, contradictions and social injustices are totalized and centralized in the subjects in the form of a pathological symptom.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Tocantinspt_BR
dc.rightsAcesso livre.pt_BR
dc.subjectPsicologia escolarpt_BR
dc.subjectRacismopt_BR
dc.subjectMedicalizaçãopt_BR
dc.subjectBiopoderpt_BR
dc.titleRelações entre racismo e medicalização na educaçãopt_BR
dc.typeArtigopt_BR
dc.description.resumoO presente trabalho surge a partir de uma inquietação acerca do processo de medicalização e como este estaria, ou não, entrelaçado ao racismo, visto que o projeto social da construção do Brasil enquanto nação é fortemente atravessado pelo racismo. Com o objetivo de elaborar um ensaio teórico sobre raça e medicalização, realizou-se uma pesquisa bibliográfica. O estudo foi produzido em duas etapas. Em um primeiro momento, realizamos uma revisão narrativa a partir da consulta de artigos, livros, teses e dissertações sobre racismo, subjetividade e medicalização. Esta etapa foi delineada para viabilizar a fundamentação teórica. Em um segundo momento, produzimos uma revisão sistemática, a partir de levantamento bibliográfico nas plataformas BVS-Psi e SciELO. Nesta etapa, empregamos os descritores “medicalização and medicalização da educação”. Selecionamos 25 artigos que foram lidos, fichados e organizados em dois grupos. O primeiro reuniu textos em que racismo e medicalização foram aproximados. O termo raça apareceu, muitas vezes ao lado de classe social, porém, sem maiores análises, elaborações e articulações. O segundo grupo de artigos, por sua vez, apontou para a relação entre racismo e medicalização na educação, considerando o entrelaçamento deste fenômeno com ideais, discursos e práticas racistas. Percebeu-se que, desde a passagem do Brasil Império para o Brasil República, a instituição escolar vem sendo atravessada pelas práticas e pelos discursos inspirados nos ideais de eugenia e de higiene mental que estipularam um modelo de aluno ideal - branco, burguês, europeizado. A ciência, há tempos, tem se mostrado aliada ao racismo, pois difundiu e legitimou uma suposta inferioridade social e intelectual do negro, em contraposição ao que seria a superioridade branca. Percebeu-se que através de estratégias do biopoder a prática de medicalização mantém jovens negros à margem. A prescrição equivocada de medicamentos para a grande parcela do alunado, especialmente das escolas públicas, resulta no silenciamento de vozes e na docilização de corpos que poderiam apontar as fraturas de um sistema educacional estruturalmente racista. Rebeldia e recusa mediante um contexto em que a subjetividade negra não encontra acolhida, tampouco espaço e possibilidades, passam a ser compreendidas como sintomas de patologias supostamente inscritas nos corpos e nas mentes da população negra escolarizada. Assim, a regulação de comportamentos, atitudes e posturas através dos psicofármacos inviabilizam a resistência diante do racismo posto em funcionamento em níveis estrutural, institucional, interpessoal e individual. Manifestações com potencial para denunciar e confrontar o racismo no âmbito escolar são entorpecidas e amenizadas. Além disso, contradições e injustiças sociais são totalizadas e centralizadas nos sujeitos em forma de sintoma patológico.pt_BR
dc.publisher.campusMiracemapt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIApt_BR
dc.publisher.cursoPsicologiapt_BR
dc.publisher.localMiracemapt_BR
dc.publisher.levelGraduaçãopt_BR
Appears in Collections:Psicologia

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