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http://hdl.handle.net/11612/7391| Authors: | Soares, Laiane Guajajara |
| metadata.dc.contributor.advisor: | Almeida, Ricardo Monteiro Guedes de |
| Title: | É preferível qualquer coisa a estar só? Uma reflexão sobre a solidão na psicose |
| Keywords: | Solidão;Psicose;Segregação;Loucura |
| Issue Date: | 13-Feb-2025 |
| Publisher: | Universidade Federal do Tocantins |
| Citation: | SOARES, Laiane Guajajara. É preferível qualquer coisa a estar só? Uma reflexão sobre a solidão na psicose. 2024. 65f. Monografia (Graduação em Psicologia) - Universidade Federal do Tocantins, Miracema do Tocantins, 2025. |
| metadata.dc.description.resumo: | O presente estudo caracteriza-se por propiciar uma reflexão sobre o tema da psicose na sociedade contemporânea, a partir da análise de sua relação com a solidão e o processo de segregação característica da história da loucura. Lacan propõe a conceituação da psicose como um modo de estruturação do sujeito caracterizado por relação particular com a linguagem. Em relação à solidão, a temática tem adquirido evidência nos últimos tempos em detrimento da pandemia. No entanto, como veremos nessa pesquisa, essa questão é presente desde a antiguidade, utilizada pela sociedade grega para refletir sobre a existência no mundo e os vínculos sociais. Há quem diga que a solidão é uma experiência singular, enquanto outros referem-se a ela como equivalente ao isolamento. Em contrapartida, para a psicanálise, a solidão é sinônimo de vazio subjetivo, originado pela castração. Apesar da multiplicidade de delineamentos da solidão, esse estudo guiou-se pela premissa de que solidão e isolamento possuem suas diferenças, sem ignorar as especialidades da solidão particular do psicótico e sua correlação com a segregação. Ademais, nesse estudo enfatizou-se a noção de solidão pela psicanálise para problematizar a solidão na psicose e, posteriormente, refletindo sobre os efeitos da segregação. Por isso, cabe expor desde já que, apesar das experiências do “sentir-se sozinho”, inerente à condição humana, ter obtido visibilidade na mídia e até em estudos recentemente, quando refere-se às reflexões sobre a solidão na psicose, observa-se que há uma carência de produções teóricas, acarretando um desconhecimento da (in)existência de implicações diversas que a solidão pode acarretar as suas relações sociais ou para a própria vivência do sujeito. Essa preocupação ganha contornos maiores se considerarmos os preconceitos, o capacitismo e as implicações do estigma da loucura na sociedade atual, e que ainda se fazem presentes no imaginário social, em especial frente a casos de psicose manifesta. Portanto, é possível destacar que vivemos em um cenário que a produção de estudos que contribuam para práticas mais sensíveis e inclusivas, no que concerne o cuidado aos sujeitos psicóticos, é urgente. Dessa forma, é visando contribuir com a produção teórica que enfatiza a subjetividade do psicótico, este estudo possui como objetivo refletir sobre a relação entre a solidão particular da psicose e o processo de segregação na sociedade contemporânea, com base numa pesquisa exploratória, empregando o método de revisão de narrativa de literatura. A metodologia utilizada pretende fomentar observações sobre solidão, psicose e segregação, além disso, convém ressaltar que esse trabalho se insere no campo de estudos “sobre” psicanálise, ou seja, é diferente do que se caracteriza como pesquisa psicanalítica, pois a primeira categoria de estudo dispõe um referencial teórico diversificado e multidisciplinar. No que diz respeito aos resultados, esse estudo demonstrou que há associação entre solidão, psicose e segregação, mas reconhece a importância de pesquisas adicionais que evidenciem essa correlação. |
| Abstract: | The present study is characterized for providing a reflection on the theme of psychosis in contemporary society, based on the analysis of its relationship with solitude and the process of segregation characteristic of the history of madness. Lacan proposes the conceptualization of psychosis as a way of the subjects’ structuring characterized by a particular relationship with language. Regarding solitude, the theme has gained evidence in recent times in detriment of the pandemic. However, as we will see in this research, this issue has been present since antiquity, used by Greek society to reflect on existence in the world and social bonds. Some say that solitude is a unique experience, while others refer to it as equivalent to isolation. On the other hand, for psychoanalysis, solitude is equivalent to subjective emptiness, originated by castration. Despite the multiplicity of delineations of solitude, this study was guided by the premise that solitude and isolation have their differences, without ignoring the psychotics’ specialties of solitude and its correlation with segregation. In addition, in this study, the notion of solitude was emphasized by psychoanalysis to problematize solitude in psychosis and, later, reflect on the effects of segregation. Therefore, it is worth exposing that, although the experiences of "feeling alone", inherent to the human condition, have gained visibility in the media and even in recent studies, when referring to reflections on solitude in psychosis, it is possible to observe that there is a lack of theoretical productions, leading to a lack of knowledge of the (in)existence of various implications that solitude can entail for their social relations or for the subject's own experience. This concern gains greater contours if we consider the prejudices, ableism and the implications of the stigma of madness today, which are still present in the social imaginary, especially in cases of manifest psychosis. Therefore, it is possible to highlight that we live in a scenario where the production of studies that contribute to more sensitive and inclusive practices, regarding the care of psychotic subjects, is urgent. Thus, aiming to contribute to the theoretical production that emphasizes the subjectivity of the psychotic, this study aims to reflect on the relationship between the solitude of psychosis and the process of segregation in contemporary society, based on exploratory research, using the method of literature narrative review. The used methodology intends to foster observations on solitude, psychosis and segregation. Besides, it should be noted that this work is part of the field of studies "on" psychoanalysis, that is, it is different from what is characterized as psychoanalytic research, because the first category of study has a diversified and multidisciplinary theoretical framework. Regarding the results, this study demonstrated that there is an association between solitude, psychosis and segregation, but it recognizes the importance of additional research to evidence that correlation. |
| URI: | http://hdl.handle.net/11612/7391 |
| Appears in Collections: | Psicologia |
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