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http://hdl.handle.net/11612/1640
Autor(a): | Nardes, Katiucia da Silva |
Orientador: | Nakashima, Rosária Helena Ruiz |
Título: | “Meu cabelo representa a minha força”: histórias de vida de acadêmicas quilombolas da UFT |
Palavras-chave: | Quilombolas; Mulheres negras; Histórias de vida; Cabelo; Quilombola communities; Black women; Life stories; Hair |
Data do documento: | 6-Abr-2018 |
Citação: | NARDES, Katiucia da Silva. “Meu cabelo representa a minha força”: histórias de vida de acadêmicas quilombolas da UFT.2018. 135f. Dissertação (Mestrado em Estudos de Cultura e Território) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura e Território, Araguaína, 2018. |
Resumo: | Nesta dissertação, apresentamos as narrativas de acadêmicas quilombolas para compreender a relação do cabelo na construção da identidade da mulher negra, fundamentando-se, principalmente, em Gomes (2008); Munanga (2008); Mignollo (2003); Davis (2017); Gonzalez (1982) e Fanon (2008). Esta investigação qualitativa foi pautada na história oral e história de vida de oito acadêmicas negras, descendentes de quilombolas dos cursos de licenciatura em História, Geografia, Pedagogia, Letras e Química, da Universidade Federal do Tocantins. Assim, a sistematização e a análise das histórias de vida foram feitas a partir de três categorias que emergiram das narrativas das interlocutoras: relação família e manipulação capilar; transição capilar e orgulho do cabelo crespo. Concluiu-se que a família, devido ao que lhes foi ensinado e como forma de “proteção” instituíram padrões estéticos próximos ao do branco. A transição capilar foi marcada pela consciência do que é ser mulher negra, o que possibilitou a percepção do seu estar no mundo, assim como a compreensão do cabelo como um símbolo estético. Pelas narrativas, identificamos que o cabelo crespo representa uma ação decolonial, que visa combater as práticas sociais racistas e eurocêntricas. Portanto, ao analisar as narrativas, compreendemos o significado do cabelo atribuído pelas acadêmicas quilombolas e suas representações política, simbólica e militante, ou seja, não é um elemento neutro no conjunto corporal. |
Abstract: | In this study we present an analysis of quilombola academic narratives to understand the relation of the hair to the construction of the black woman identity, based on Gomes (2008); Munanga (1986); Mignollo (2003); Davis (2017); Gonzalez (1982) e Fanon (2008). This investigation was guided by oral and life stories of eight undergraduate black female students who are quilombola descendants from course degrees in teaching History, Geography, Pedagogy, Languages, and Chemistry in the Federal University of Tocantins. Thus, the systematization and the analysis of the life stories were done from three categories that emerged from interlocutors: family related and hair manipulation; hair transition and curly hair pride. It was concluded that the family, due to the fact they learned as a way to “protect” themselves, set beauty care patterns similar to white people. The hair transition is marked by the conciousness that what a black woman is, what enables her perception of being in the world as well as the understanding of the hair as a beauty symbol. Based on the narratives, we identify that the black people’s hair – curly hair – represents a decolonial action, whose goal is to combat the racist social practices and the eurocentrics ones. However, by analysing the narratives, we understand the meaning of hair given by the Quilombola students and their politics representation, symbolic and activist, in other words, it is not a neutral meaning in the body as a whole. |
URI: | http://hdl.handle.net/11612/1640 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Estudos de Cultura e Território |
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