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http://hdl.handle.net/11612/1647
Autor(a): | Santos, Katiane da Silva |
Orientador: | Costa, Kênia Gonçalves |
Título: | Do passado ao presente: a festa 13 de maio da comunidade quilombola Dona Juscelina em Muricilândia-TO |
Palavras-chave: | Quilombo; Abolição; Dona Juscelina; Festa 13 de maio; Abolición; Doña Juscelina; Fiesta del 13 de Mayo |
Data do documento: | 27-Set-2018 |
Citação: | SANTOS, Katiane da Silva. Do passado ao presente: a festa 13 de maio da comunidade quilombola Dona Juscelina em Muricilândia-TO.2018. 210. Dissertação (Mestrado em Estudos de Cultura e Território) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura e Território, Araguaína, 2018. |
Resumo: | Esta dissertação estuda a principal manifestação cultural de uma comunidade quilombola, e a intitulamos em “Do Passado ao Presente: a Festa 13 de Maio da Comunidade Quilombola Dona Juscelina em Muricilândia – TO”. A Festa é de origem maranhense, após a abolição da escravatura no Brasil (1888) e através de um processo de migração de seus festejadores, foi territorializada no município de Muricilândia ao norte do Tocantins. De forma, que foi Dona Juscelina, a protagonista deste processo, de tal modo, que se tornou a líder do grupo étnico a que pertence. Os membros da comunidade quilombola estudada, mesmo após processos de migrações, pois são oriundos da região nordeste do país, carregam consigo resquícios da cultura afrodescendente e por isso reconstruíram seus traços identitários na atual localidade em que vivem, em Muricilândia (TO). Neste sentido, faz-se relevante o estudo da cultura quilombola e sua relação com o território, visto que a sociedade brasileira possui grande diversidade cultural, buscamos ter um olhar para um grupo minoritário que é tão discriminado pela cor da pele negra e por sua cultura contra-hegemônica. Assim, no intuito de compreendermos a importância da permanência, preservação e resistências das culturas tradicionais é que este estudo se desenvolve. A proposta dialoga com a linha de pesquisa Natureza, Poder e Territorialidades, trazendo importantes contribuições para as discussões que englobam as relações dos grupos étnicorraciais quilombolas com a natureza e sua apropriação para fins de modos de produção tradicional, assim como o estabelecimento de sua territorialidade ou a luta para alcançá-la, envolvendo relações de poder políticos e econômicos e também para suas manifestações culturais junto aos seus modos de vida ao longo do tempo. A pesquisa objetiva compreender a tradicional manifestação cultural da comunidade quilombola Dona Juscelina, a Festa 13 de Maio, identificando suas correntes de transmissões para sua manutenção e na construção do território simbólico que os levam a exercerem a territorialidade e como suas tradições são integradas ao território. Assim, nos aportaremos em campos do conhecimento entre a Geografia, História e Antropologia. Entrelaçando elementos metodológicos proporcionados pelas áreas científicas que propomos, assim mobilizaremos os métodos da história oral e etnografia. A Festa 13 de Maio provoca influências do passado ao presente, através dos tempos a Festa resistiu, e mesmo com as mudanças de contextos ela persiste, e possui a capacidade de amalgamar um grupo étnico que reconstroem sua identidade e criam meios de expandir formas de fortalecimento cultural, gerando territorialidades imateriais, mesmo na falta de um território concreto o qual o grupo foi expropriado, mas reivindicam seus direitos territoriais. A Festa 13 de Maio é o elo entre o passado e o presente em que proporciona ao grupo a produção de fronteiras culturais que consolida a identificação como categoria social quilombola. |
Abstract: | Este trabajo estudia la principal manifestación cultural de una comunidad quilombola. La titulamos “Del Pasado al Presente: la Fiesta del 13 de Mayo de la Comunidad Quilombola Doña Juscelina en Muricilancia – Tocantins”. La fiesta es de origen marañense, después de la abolición de la esclavitud en Brasil (1888) a través de un proceso de migración de sus celebradores, fue territorializada en el municipio de Muricilandia, norte de Tocantins. De esta forma, fue Doña Juscelina, la protagonista de este proceso, quien se volvió líder del grupo étnico al que pertenece. Los miembros de la comunidad quilombola estudiada, aún después de los procesos migratorios, son oriundos de la región nordeste del país, cargan consigo resquicios de cultura afrodescendiente y, por eso, habían reconstruido sus trazos identitarios en la localidad en la que viven en la actualidad en Muricilandia (Tocantins). En este sentido, se vuelve relevante el estudio de la cultura quilombola y su relación con el terreno. Ya que la sociedad brasileña posee una gran diversidad cultural, buscamos entender la mirada de un grupo minoritario que es discriminado tanto por ser de piel negra, como por su cultura contrahegemónica. De esta forma, con el objetivo de comprender la importancia de la permanencia, preservación y las resistencias de las culturas tradicionales, desarrollamos este estudio. La propuesta dialoga con la línea de investigación Naturaleza, Poder y Territorialidades, trayendo importantes contribuciones para las discusiones que engloban a las relaciones de los grupos étnico-raciales quilombolas con la naturaleza y su apropiación con finalidad en los modos de producción tradicional, así como el establecimiento de su territorialidad y su lucha para alcanzarla, envolviendo relaciones de poder político y económico y también sus manifestaciones culturales junto a sus modos de vida a lo largo del tiempo. El propósito de la investigación es comprender la tradicional manifestación cultural de la comunidad quilmbola Dona Juscelina y la Fiesta del 13 de Mayo, identificando sus corrientes de transmisiones para la manutención y la construcción de su territorio simbólico que los llevaron a ejercer esa territorialidad y como sus tradiciones son integradas al territorio. Es así como las bases de este trabajo se construyen entre los campos de conocimiento de la Geografía, la Historia y la Antropología. Entrelazando elementos metodológicos proporcionados por las áreas científicas que proponemos, movilizaremos los métodos de la historia oral y la etnografía. La Fiesta del 13 de Mayo provoca flujos del pasado hacia el presente. A través del tiempo la Fiesta resistió, aún con los cambios de contexto, y aún conserva la capacidad de unir un grupo étnico que reconstruye su identidad y crea medios de expandir esas formas de fortalecimiento cultural, generando territorialidades inmateriales, aún con la ausencia de un territorio concreto, que les fue expropiado, reivindican sus derechos territoriales. La Fiesta del 13 de Mayo es el eslabón entre el pasado y el presente que proporciona al grupo la posibilidad de construir fronteras culturales que consolidan la identificación de los quilombolas como categoría social. |
URI: | http://hdl.handle.net/11612/1647 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Estudos de Cultura e Território |
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