Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/2084
Autor(a): Vieira, Laiza Pereira Lacerda
Orientador: Moron, Sandro Estevan
Título: Toxicidade do herbicida Paraquat em Colossoma Macropomu (CUVIER, 1818)
Palavras-chave: agrotóxico;ecotoxicologia;teleósteo;tambaqui
Data do documento: 9-Mar-2018
Citação: VIEIRA, Laiza Pereira Lacerda. Toxicidade do herbicida Paraquat em Colossoma Macropomu (CUVIER, 1818). 2018.81f. Dissertação (Mestrado em Sanidade Animal e Saúde Pública nos Trópicos) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Sanidade Animal e Saúde Pública nos Trópicos, Araguaína, 2018.
Resumo: O estudo ecotoxicológico de qualquer pesticida utilizado no ambiente é fundamental para o processo de regulamentação e a classificação quanto ao potencial de risco ambiental. No ambiente aquático, os agrotóxicos podem alterar as variáveis físicoquímicas da água ou ser tóxica a biota, podendo interferir nas funções essenciais deste ecossistema através da redução na diversidade de espécies. O paraquat é utilizado para o controle de plantas daninhas terrestres e sua presença é relatada em muitas fontes de água do mundo, sendo bastante utilizado na agricultura brasileira. Assim, investigar a toxicidade deste herbicida em peixes nativos, utilizando testes de toxicidade, é importante para avaliar os possiveis danos que o xenobiótico pode causar. O objetivo deste trabalho foi de avaliar o efeito da exposição do tambaqui ao herbicida paraquat por 96 horas (determinando a CL50- 96H), potencial genotóxico, parâmetros hematológicos e bioquímicos, integridade histológica da brânquia, fígado e rim nas concentrações: controle, 10 mg.L-1, 15 mg.L-1, 20 mg.L-1 e 25 mg.L-1, e em 7 e 15 dias sem exposição ao paraquat (controle, 10 mg.L-1, 15 mg.L-1). A CL50–96H determinada para o tambaqui foi 26, 66 mg.L-1. O herbicida causou genotoxicidade (frequência de micronúcleos e anomalias nucleares) nos animais expostos por 96 horas e nas recuperações por 7 e 15 dias. Constatou alterações nos parâmetros hematológicos e no glicogênio dos tambaquis expostos e mesmo após o período sem exposição ao paraquat, verificou-se que os animais não reverteram os danos causados pelo herbicida.Observou-se também que o herbicida causa diversos danos histológicos nas brânquias (aneurisma, edema, hipertrofia celular, hiperplasia), fígado (hipertrofia celular, degeneração nuclear, estagnação biliar, entre outras) e rim (aumento do lumen tubular, degeneração tubular, obstrução do lúmen tubular) dos animais expostos por 96 horas, e mesmo após os períodos de recuperação estas alterações permanecem.
Abstract: The ecotoxicological study of any pesticide used in the environment is fundamental to the regulatory process and classification as to environmental risk potential. In the aquatic environment, agrochemicals can alter the physico-chemical variables of the water or be toxic to biota, and may interfere with the essential functions of this ecosystem through the reduction of species diversity. Paraquat is used for the control of terrestrial weeds and its presence is reported in many sources of water in the world, being widely used in Brazilian agriculture. Thus, investigating the toxicity of this herbicide in native fish, using toxicity tests, is important to evaluate the possible damages that the xenobiotic can cause. The objective of this work was to evaluate the effect of exposure of tambaqui to the herbicide paraquat for 96 hours (determining CL50-96H), genotoxic potential, hematological and biochemical parameters, histological integrity of the gill, liver and kidney in the concentrations: control, 10 mg L-1, 15 mg.L-1, 20 mg.L-1 and 25 mg.L-1, and at 7 and 15 days without exposure to paraquat (control, 10 mg.L-1, 15 mg.L -1). The herbicide caused genotoxicity (frequency of micronuclei and nuclear abnormalities) in exposed animals for 96 hours and in recoveries for 7 and 15 days. It was observed that the herbicide caused several histological damages in the gills (aneurysm), and it was observed that the herbicide did not reverse the damage caused by the herbicide. edema, cellular hypertrophy, hyperplasia), liver (cellular hypertrophy, nuclear degeneration, biliary stagnation, among others) and kidney (tubular lumen enlargement, tubular degeneration, tubular lumen obstruction) of exposed animals for 96 hours, and even after these changes remain.
URI: http://hdl.handle.net/11612/2084
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