Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/4016
Autor(a): Pantoja, Kamily Glória
Orientador: Demarchi, André Luis Campanha
Título: Demarcar telas e ocupar redes: mulheres indígenas e os discursos de (re)existência nas redes digitais
Palavras-chave: Mulheres Indígenas; Ciberativismo; Facebook; Análise do Discurso; Indigenous women; Cyber activism; Discourse Analysis
Data do documento: 10-Mar-2022
Citação: PANTOJA, Kamily Glória. Demarcar telas e ocupar redes: mulheres indígenas e os discursos de (re)existência nas redes digitais. 2022. 107f. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Sociedade) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Sociedade, Palmas, 2022.
Resumo: Esta dissertação estuda como são construídos os discursos e as práticas ciberativistas de mulheres indígenas na rede social Facebook, compreendendo suas narrativas construídas enquanto sujeito-discursivo em espaços virtuais, na tentativa de desconstruir estereótipos sobre a imagem da mulher indígena e sobre os povos indígenas. Buscou-se também entender como esses espaços são usados para promover debates voltados a problemáticas indígenas presentes no atual cenário brasileiro, bem como as práticas ciberativistas como forma de resistência indígena feminina, tomando como base, o evento “Jornada Sangue Indígena: nenhuma gota a mais”. Para compor o corpus do estudo, foram selecionadas quatro publicações da referida jornada de duas mulheres indígenas atuantes em movimentos indígenas e de grande visibilidade social na atualidade, que são Sônia Guajajara, do povo Guajajara e atualmente coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), e Célia Xakriabá, professora ativista do povo Xakriabá. Utilizou-se como fundamentação teórica e método científico a Netnografia e a Análise do Discurso (AD) de linha francesa, tendo como referência autores como Hine (2000), Pêcheux (1996, 2001) e Orlandi (2001). E também diversos autores e autoras que abordam questões indígenas e de gênero, como Segato (2012), Sacchi Monagas (2014), Lugones (2014) e Krenak (2019). Foram encontrados discursos que defendem a igualdade de gênero e, principalmente, a defesa pelos direitos indígenas incluindo a demarcação e luta por território, de modo a deixar evidente a resistência dos povos indígenas quanto a políticas indigenistas criadas pelo governo. E mais ainda, a importância e o papel das mulheres indígenas em movimentos sociais da atualidade.
Abstract: This dissertation studies how the discourses and cyberactivist practices of indigenous women are constructed on the social network Facebook, understanding their narratives constructed as a discursive subject in virtual spaces, in an attempt to deconstruct stereotypes about the image of indigenous women and indigenous peoples. It was also sought to understand how these spaces are used to promote debates focused on indigenous issues present in the current Brazilian scenario, as well as cyberactivist practices as a form of female indigenous resistance, based on the event "Indigenous Blood Journey: no more drop”. To compose the study corpus, four publications were selected from the aforementioned journey of two indigenous women active in indigenous movements and of great social visibility today, who are Sônia Guajajara, from the Guajajara people and currently executive coordinator of Articulation of Brazil's Indigenous Peoples (APIB), and Célia Xakriabá, professor activist of the Xakriabá people. Netnography and French Discourse Analysis (AD) were used as theoretical foundations and scientific method, having as reference authors such as Hine (2000), Pêcheux (1996, 2001) and Orlandi (2001). And also several authors who address indigenous and gender issues, such as Segato (2012), Sacchi Monagas (2014), Lugones (2014) and Krenak (2019). Speeches were found that defend gender equality and, mainly, the defense of indigenous rights, including the demarcation and struggle for territory, in order to make evident the resistance of indigenous peoples to indigenous policies created by the government. And even more, the importance and role of indigenous women in current social movements.
URI: http://hdl.handle.net/11612/4016
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