Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/440
Autor(a): Oliveira, José Manoel Miranda de
Orientador: Santos, Boaventura de Sousa
Título: Divisão territorial e democratização do espaço
Palavras-chave: Identidade cultural;Território;Desterritorialização;Política;Cultural identity;Territory;Deterritorialization;Politics
Data do documento: Jan-2016
Editor: Universidade de Coimbra
Programa: Centro de Estudos Sociais (CES)
Citação: OLIVEIRA, José Manoel Miranda de. Divisão territorial e democratização do espaço. 2016.81f. Relatório de Pesquisa de Pós Doutoramento (Pós-Doutorado do Centro de Estudos Sociais (CES)) – Universidade de Coimbra, Programa de Pós-Doutorado do Centro de Estudos Sociais (CES), Portugal, 2016.
Resumo: Nesta pesquisa, discutem-se as alterações espaciais determinadas por uma política de desterritorialização e sua posterior territorialização, proporcionada por um conjunto de intervenções técnicas, políticas e culturais, com a finalidade de reconfiguração da noção do tempo e das alterações produzidas no espaço. Essas transformações visavam a modernização das relações de trabalho e consumo em uma região com frágeis índices de competitividade capitalista. Parte-se, então, do universo histórico de conversão das estratégias autonomistas em separatistas, através da massificação de duas linguagens: uma de destruição da cultura tradicional da população do Norte goiano; outra, direcionada à aceitação de uma cultura, caracterizada pelo simbolismo de novos tempos, materializada por uma política de expansão urbana. Todas essas fases foram importantes na construção da análise das práticas de consolidação territorial e do poder dos migrantes. Tudo isso ocorreu no momento em que as pretensões autonomistas de Teotônio Segurado foram convertidas em um conjunto de estratégias separatistas. Daí a importância das teorias de Boaventura Santos (1988, 1999, 2004, 2013 e 2014), no momento em que o poder e a política local, nacional e internacional passavam por diversas crises de natureza territorial, econômica e cultural. Nessa direção, os contrapontos para as discussões sobre o que ocorreu no Norte de Goiás foram estruturados no contexto dos debates em curso sobre a identidade portuguesa, no âmbito do acordo ortográfico entre os países lusófonos e a situação político-cultural de Portugal, após a sua entrada na UE, ambas, tratadas no texto como objetos de desterritorialização.
Abstract: In this research, we discuss the spatial changes determined by a policy of deterritorialization and its subsequent territorialization, provided by a set of technical, political and cultural interventions, with the purpose of reconfiguring the notion of time and the changes produced in space. These transformations aimed at the modernization of labor and consumption relations in a region with fragile indices of capitalist competitiveness. It starts from the historical universe of conversion of the autonomist strategies into separatists, through the massification of two languages: one of destruction of the traditional culture of the population of the North of Goiás; Another, directed to the acceptance of a culture, characterized by the symbolism of new times, materialized by a policy of urban expansion. All these phases were important in the construction of the analysis of the practices of territorial consolidation and the power of the migrants. All this occurred at a time when Teotônio Segurado's autonomous pretensions were converted into a set of separatist strategies. Hence the importance of the theories of Boaventura Santos (1988, 1999, 2004, 2013 and 2014), as local, national and international power and politics went through several territorial, economic and cultural crises. In this direction, the counterpoints to the discussions about what happened in the North of Goiás were structured in the context of the ongoing discussions on Portuguese identity, within the context of the spelling agreement between Portuguese-speaking countries and the political-cultural situation of Portugal, after its Entry into the EU, both of which are treated in the text as objects of deterritorialization.
URI: http://hdl.handle.net/11612/440
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