Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/514
Autor(a): Barbosa, Kherlley Caxias Batista
Orientador: Helfer, Inácio
Título: A concepção de liberdade na filosofia política de Hannah Arendt
Palavras-chave: Arendt;Liberdade;Ação;Pensamento;Natalidade;Vontade;Freedom;Action;Thinking;Willling;Natality
Data do documento: 27-Abr-2017
Editor: Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
Programa: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Citação: BARBOSA, Kherlley Caxias Batista. A concepção de liberdade na filosofia política de Hannah Arendt.2017.178f. Tese (Doutorado em Filosofia) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, São Leopoldo, 2017.
Resumo: Neste trabalho sustento a tese de que a concepção de liberdade no pensamento de Hannah Arendt inclui três dimensões: a dimensão política, em que a liberdade é atualizada na ação; a dimensão ontológica, em que a natalidade é considerada a fonte das atividades humanas livres; a dimensão interior ou mental, em que a liberdade é a característica fundamental das atividades do pensar e do querer. Essas três dimensões são entrelaçadas por uma noção comum: a capacidade humana de dar início a algo novo. Arendt elege a liberdade como tema fundamental de seu pensamento desde o seu turn para a política até seus últimos escritos. Sustento que a noção de liberdade é o fio condutor que perpassa todos os seus trabalhos sobre as atividades humanas e sobre a condição humana. Intérpretes de Arendt ressaltam a centralidade da liberdade no seu pensamento político, mas não mostram como a condição da liberdade é atualizada em todas suas dimensões porque reduzem a liberdade à dimensão política (Kateb e Dana Villa), não tratam do pensar e do querer, que são atividades da dimensão interior (Passerin D‟Entreves), enunciam a relação da capacidade de iniciar com as atividades humanas de forma ambígua (Kohn), adotam um conceito de liberdade que não rende a noção comum de liberdade que Arendt usa para descrever as atividades humanas (Young-Bruhel). Por distinguir três dimensões da liberdade e por indicar a noção comum a todas elas, estabeleço um modo de compreensão da liberdade de Arendt que visa desvelar uma concepção de liberdade que articula suas descrições das atividades das faculdades humanas com suas reflexões sobre a condição humana. O trabalho foi estruturado para tratar de cada uma das dimensões da liberdade. Começa com as origens do pensamento político arendtiano no confronto crítico com a filosofia existencial e na discussão da Questão Judaica; mostra a aniquilação da liberdade pelo governo totalitário, e apresenta cada uma das dimensões da liberdade, primeiramente, considerando as dimensões política e ontológica da ação, da revolução e da natalidade, concluindo com a análise da dimensão interior da liberdade, apresentando as atividades da mente: o querer e o pensar.
Abstract: In this work, I support the thesis there are three dimensions in Arendt‟s conception of freedom: the political dimension, in which freedom is actualized in action; the ontological dimension, in which natality is considered as the source of free human activities; the inner or mental dimension, in which freedom is the fundamental characteristic of the activities of thinking and willing. These three dimensions are intertwined by a common notion: the human capacity to initiate something new. Arendt chose freedom as the fundamental theme of her thinking from her turn to politics to her later writings. I maintain that the notion of freedom is the guiding thread that pervades all his works on human activities and on the human condition. Arendt's interpreters emphasize the centrality of freedom in her political philosophy, but they do not show how the human condition of freedom is actualized in all dimensions of freedom, because they reduce freedom to the political dimension (Kateb and Dana Villa), do not deal with thinking and willing which of the mental dimension of freedom (Passerin D'Entreves), enunciate the relation of the ability to begin with human activities in an ambiguous way (Kohn), adopt a concept of freedom that does not yield the common notion of freedom that Arendt uses to describe human activities (Young -Bruhel). By distinguishing the three dimensions of freedom and by pointing out the notion common to all of them, I establish a way of understanding Arendt's freedom, which seeks to unveil his conception of freedom, and which emphasizes the anthropological trait of her descriptions of the activities of human faculties and her reflections on the human condition. This work was structured to deal with each of the dimensions of freedom. It begins with the origins of Arendtian political thought in the critical confrontation with existential philosophy and in the discussion of the Jewish Question, shows the annihilation of freedom by totalitarian government, and presents each of the dimensions of freedom, first considering the political and ontological dimensions of action, revolution and natality and concluding with the analysis of the inner dimension of freedom, presenting the activities of willing and thinking.
URI: http://hdl.handle.net/11612/514
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