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http://hdl.handle.net/11612/6424
Autor(a): | Silva, Alliny Kássia da |
Orientador: | Santos, Janete Silva dos |
Título: | “Nada Sobre Nós, Sem Nós”: Análise Discursiva da História de vida de um Aluno Cego em Contexto de Formação Acadêmica. |
Palavras-chave: | Análise de Discurso Pecheutiana,;Recortes Discursivos,;Pessoa com Deficiência,;Capacitismo,;Inclusão.;Pecheutian Discourse Analysis,;Discursive Clippings,;Person with Disabilities,;Capacitism,;Inclusion. |
Data do documento: | 31-Jan-2024 |
Editor: | Universidade Federal do Tocantins |
Citação: | SILVA, Alliny Kássia da. “NADA SOBRE NÓS, SEM NÓS”: ANÁLISE DISCURSIVA DA HISTÓRIA DE VIDA DE UM ALUNO CEGO EM CONTEXTO DE FORMAÇAO ACADÊMICA. 2023. 147 f. TCC (Graduação) - Curso de Pós Graduação, Universidade Federal do Tocantins, Araguaína, 2024. |
Resumo: | A deficiência e a inclusão têm sido objeto de pesquisa de estudos de diferentes áreas do conhecimento: medicina, educação, filosofia, linguística, história, psicologia etc. Essas pesquisas, em sua grande maioria, estabilizam sentidos ao (re)produzirem discursividades que reforçam o imaginário sobre a pessoa com deficiência, destacando as marcas de seus corpos, seus gestos e comportamentos. Os sujeitos implicados são, nesse sentido, falados, mediados como se o lugar de enunciação lhes fosse historicamente interditado. Sob diferente perspectiva, esta tese parte de relatos de vida de uma pessoa cega e objetiva compreender como o participante da pesquisa, como sujeito pessoa com deficiência, significa a si e discursiviza o ensino ex/inclusivo recebido durante sua trajetória escolar e acadêmica. Inscrevemos este estudo no aporte teórico da Análise de Discurso (AD) de vertente francesa, proposta por Michel Pêcheux, entre os anos de 1960 a 1980, na França, e desenvolvida, no Brasil, por Eni Orlandi e outros a partir dos anos de 1980. Para a composição do corpus discursivo, utilizamos como instrumento a entrevista semiestruturada, composta por perguntas amplas e em blocos para que pudéssemos interferir o mais minimamente possível nos caminhos percorridos pelo sujeito ao dizer sua história de vida. Ao final das narrativas, o material foi transcrito e fizemos o recorte das sequências discursivas para constituição do nosso corpus. Para a análise dos recortes discursivos, nos guiamos pelas noções de sujeito, condições de produção, ideologia e formações discursivas, considerando a historicidade dos sentidos construídos sobre as pessoas com deficiência, levando em conta os atravessamentos do discurso jurídico e médico, principalmente. No decorrer da pesquisa, foi possível “evidenciar” que as discursividades da pessoa com deficiência vêm de um lugar de resistência que abre fissuras no sentido naturalizado. Ainda que sob coerções de ordem diversa, as fissuras desorganizam as sedimentações do que já está posto, já significado, interdito. Compreender como o funcionamento dos “discursos sobre” opera no sentido de promover o silenciamento dos “discursos de”, e, consequentemente, o apagamento dos processos de subjetivação, colocou- nos o desafio de empreender novas escutas para fazer irromper novas discursividades e sentidos outros. É certo que também falamos dele, mas buscamos falar com, numa escuta e leitura sensíveis ao dizer do sujeito e aos sentidos que produz de e para si. |
Abstract: | Disability and inclusion have been the object of research in studies in different areas of knowledge: medicine, education, philosophy, linguistics, history, psychology etc. Most of these researches stabilize meanings by (re)producing discursivities that reinforce the imaginary about the disabled person, highlighting the marks of their bodies, their gestures and behaviors. The subjects involved are, in this sense, spoken, mediated as if the place of enunciation was historically forbidden to them. From a different perspective, this thesis starts from the life stories of a blind person and aims to understand how the research participant, as a person with a disability, means himself and discursivizes the ex/inclusive teaching received during his school and academic trajectory. We place this study in the theoretical framework of French Discourse Analysis (DA), proposed by Michel Pêcheux, between the 1960s and 1980s, in France, and developed, in Brazil, by Eni Orlandi and others from the 1980s onwards. For the composition of the discursive corpus, we used the semi-structured interview as an instrument, composed of broad questions and in blocks so that we could interfere as minimally as possible in the paths taken by the subject when telling his life story. At the end of the narratives, the material was transcribed and we cut out the discursive sequences for the constitution of our corpus. For the analysis of the discursive clippings, we were guided by the notions of subject, production conditions, ideology and discursive formations, considering the historicity of the meanings built on people with disabilities, taking into account the crossings of legal and medical discourse, mainly. In the course of the research, it was possible to “evidence” that the discursivities of the disabled person come from a place of resistance that opens fissures in the naturalized sense. Although under constraints of a different order, the fissures disorganize the sedimentation of what is already set, already signified, prohibited. Understanding how the functioning of “discourses about” operates in the sense of promoting the silencing of “discourses of”, and, consequently, the erasure of the processes of subjectivation, put us with the challenge of undertaking new listening to make new discursivities and other meanings erupt. . It is true that we also talk about it, but we seek to talk with, in a sensitive listening and reading to the subject's saying and the meanings that it produces from and for itself. |
URI: | http://hdl.handle.net/11612/6424 |
Aparece nas coleções: | História |
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