Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/11612/6767
Authors: Brito, Sônia Cristina Dantas de
metadata.dc.contributor.advisor: Ertzogue, Marina Haizenreder
Title: A sinergia entre ciência, prática e movimento social na construção do conhecimento agroecológico no estado do Tocantins
Keywords: Interação; Rede de agroecologia; Pluralidade; Desenvolvimento sustentável; Interaction; Agroecology network; Plurality; Sustainable development
Issue Date: 18-Oct-2023
Publisher: Universidade Federal do Tocantins
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
Citation: BRITO, Sônia Cristina Dantas de. A sinergia entre ciência, prática e movimento social na construção do conhecimento agroecológico no estado do Tocantins.2023. 137f. Tese (Doutorado em Ciências do Ambiente) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente, Palmas, 2023.
metadata.dc.description.resumo: As transformações nos sistemas agroalimentares, impulsionadas pela Revolução Verde, trouxeram maior produtividade ao setor agrícola, mas também acarretaram danos ao meio ambiente e à saúde humana. Apesar da agricultura ter sido fundamental para o desenvolvimento das civilizações, atualmente, enfrenta uma crise devido à exploração indiscriminada do meio ambiente. A agroecologia surge como uma alternativa para mitigar esses problemas. No Brasil, o tema é abordado como ciência, prática e movimento social. Nesse contexto, este estudo investigou como a agroecologia, a partir desses três aspectos, tem contribuído para a construção do conhecimento agroecológico no Tocantins, localizado na Amazônia Legal. Compreender o cenário da agroecologia no estado pode fortalecer o processo de construção do conhecimento, criar redes de relacionamentos e gerar políticas públicas para o setor. Para alcançar esse objetivo foram utilizados métodos quali-quanti, incluindo revisão sistemática de literatura, bibliometria, revisão narrativa e análise de conteúdo. Enquanto ciência, observou-se que a produção científica sobre a agroecologia na Amazônia Legal é limitada em bases de dados internacionais, sendo ainda mais escassa quando se trata do Tocantins. No entanto, as informações coletadas em ambientes científicos da Associação Brasileira de Agroecologia, revelaram um maior envolvimento com a temática, com números bem maiores de material de divulgação de experiências. Identificou-se uma diversidade de instituições e pesquisadores envolvidos, o que reflete a pluralidade da agroecologia. Enquanto prática, as experiências agroecológicas são predominantemente encontradas em territórios de povos e comunidades tradicionais, como áreas indígenas, quilombolas e assentamentos. Os movimentos sociais desempenham um papel crucial na promoção da agroecologia, destacando-se a Rede Articulação Tocantinense de Agroecologia (ATA) que reuni diversos movimentos e organizações em prol da promoção da agroecologia. Os Núcleos de Estudos em Agroecologia (NEAs), que nasceram com uma estrutura de interação entre ciência, prática e movimento social, e a partir de uma política pública demandada pelos movimentos, conseguiu a academia das comunidades e da sociedade. No entanto, a desmantelamento das políticas públicas de promoção da agroecologia a partir de 2016 e os impactos da pandemia da Covid-19 levaram tanto os movimentos sociais quanto os NEAs a operarem principalmente na resistência. Com a recente mudança de governo, mais alinhado às causas ambientais e sociais, há expectativas de uma reaproximação entre o poder público, os movimentos sociais e a sociedade civil. Isso pode resultar na reestruturação das políticas públicas de promoção da agroecologia. No entanto, apesar da diversidade de atores envolvidos na agroecologia no Tocantins, há um distanciamento entre esses grupos, o que prejudica a criação de uma rede de agroecologia no estado. Esse desafio precisa ser superado para fortalecer o movimento agroecológico e aproveitar o atual contexto político nacional favorável.
Abstract: The transformations in agri-food systems, driven by the Green Revolution, have brought greater productivity to the agricultural sector but have also caused damage to the environment and human health. Although agriculture has been fundamental to the development of civilizations, it currently faces a crisis due to the indiscriminate exploitation of the environment. Agroecology emerges as an alternative to mitigate these problems. In Brazil, the topic is approached as a science, practice, and social movement. In this context, this study investigated how agroecology, based on these three aspects, has contributed to the construction of agroecological knowledge in Tocantins, located in the Legal Amazon. Understanding the scenario of agroecology in the state can strengthen the knowledge-building process, create networking opportunities, and generate public policies for the sector. To achieve this objective, quali-quantitative methods were used, including systematic literature review, bibliometrics, narrative review, and content analysis. As a science, it was observed that scientific production on agroecology in the Legal Amazon is limited in international databases, being even scarcer when it comes to Tocantins. However, the information collected in scientific environments of the Brazilian Agroecology Association revealed greater involvement with the theme, with significantly more dissemination material of experiences. A diversity of institutions and researchers involved was identified, reflecting the plurality of agroecology. As a practice, agroecological experiences are predominantly found in territories of traditional peoples and communities, such as indigenous areas, quilombola settlements, and settlements. Social movements play a crucial role in promoting agroecology, with the Tocantinense Agroecology Articulation Network (ATA) standing out, bringing together various movements and organizations in favor of promoting agroecology. The Agroecology Study Centers (NEAs), which emerged as a structure of interaction between science, practice, and social movement, and as a public policy demanded by the movements, managed to bridge academia with communities and society. However, the dismantling of public policies promoting agroecology starting in 2016 and the impacts of the Covid-19 pandemic led both social movements and NEAs to mainly operate in resistance. With the recent change of government, more aligned with environmental and social causes, there are expectations of a rapprochement between the government, social movements, and civil society. This could result in the restructuring of public policies promoting agroecology. However, despite the diversity of actors involved in agroecology in Tocantins, there is a distance between these groups, hindering the creation of an agroecology network in the state. This challenge needs to be overcome to strengthen the agroecological movement and take advantage of the current favorable national political context.
URI: http://hdl.handle.net/11612/6767
Appears in Collections:Doutorado em Ciências do Ambiente

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