Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/7021
Autor(a): Pereira, Maisa Lima
Orientador: Araújo, Rosemary Negreiros de
Título: A construção de hidrelétricas e os efeitos em comunidades tradicionais: algumas reflexões
Palavras-chave: Comunidades tradicionais;Camponeses;Hidrelétricas;Privatização da água
Data do documento: 4-Out-2024
Editor: Universidade Federal do Tocantins
Citação: PEREIRA, Maisa Lima. A construção de hidrelétricas e os efeitos em comunidades tradicionais: algumas reflexões. 2019. 77f. Monografia (Graduação em Serviço Social) - Universidade Federal do Tocantins, Campus de Miracema, Miracema do Tocantins, 2024.
Resumo: Este trabalho é a monografia de conclusão do curso de Serviço Social e teve como objetivo principal analisar e compreender os conflitos e efeitos da construção de usinas hidrelétricas em comunidades tradicionais de camponeses e indígenas no Tocantins. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo bibliográfico que priorizou o estudo de obras que abordam a construção de usinas hidrelétricas no rio Tocantins e que causaram danos para populações indígenas e camponesas, como é o caso das usinas de Lajeado e Estreito. A implantação de grandes projetos para geração de energia elétrica se baseia num discurso de modernização e desenvolvimento regional, trazendo em seu interior a ideia de que todos serão beneficiados com esse tipo de empreendimento. O estado brasileiro, articulado aos interesses dos grupos dominantes que representam as elites internas e externas, tem feito sistematicamente a defesa e a opção por um modelo de desenvolvimento que não tem a vida humana com fim. As leituras que fizemos e a experiência de conviver em relação com esse processo nos permite inferir que a UHE de Lajeado causou danos permanentes ao povo Akwẽ-Xerente, imprimindo alterações significativas no seu modo de vida e que a comunidade camponesa de Palmatuba, com uma história de mais de 70 anos e que existia em Babaçulândia, foi destruída pela UHE de Estreito sem a possibilidade de se reconstituir como comunidade.
Abstract: This paper is the concluding monograph of the Social Work course and its main objective was to analyze and understand the conflicts and effects of the construction of hydroelectric plants in traditional peasant and indigenous communities in Tocantins. This is a qualitative, bibliographic research that prioritized the study of works that address the construction of hydroelectric plants on the Tocantins River and that caused damage to indigenous and peasant populations, such as the Lajeado and Estreito plants. The implementation of large projects for electric power generation is based on a discourse of modernization and regional development, bringing inside the idea that everyone will benefit from this type of enterprise. The Brazilian state, articulated with the interests of the dominant groups that represent the internal and external elites, has systematically defended and opted for a development model that does not have human life with an end. Our readings and the experience of living with this process allow us to infer that the Lajeado HPP caused permanent damage to the Akwe-Xerente people, causing significant changes in their way of life and that the Palmatuba peasant community with a history over 70 years old and existing in Babaerland, it was destroyed by the Estreito HPP without the possibility of reconstituting itself as a community.
URI: http://hdl.handle.net/11612/7021
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