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http://hdl.handle.net/11612/6977
Autor(a): | Borges, Édila Bianca Monfardini |
Orientador: | Lira, Elizeu Ribeiro |
Título: | Lutas ontológicas indígenas Atikum – camponesas no oeste da Bahia |
Palavras-chave: | Territórios da diferença; ontologização dos territórios; Indígenas Atikum; Camponeses; Territories of difference; ontologization of territories; Atikum indigenous people, peasants, praxis of decolonial r-existences |
Data do documento: | 29-Mai-2024 |
Editor: | Universidade Federal do Tocantins |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGG |
Citação: | BORGES, Édila Bianca Monfardini. Lutas ontológicas indígenas Atikum – camponesas no oeste da Bahia.2024. 189f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Porto Nacional, 2024. |
Resumo: | O modelo do agro-energias-negócio de expansão e privatização capitalista dos territórios que avançou sobre o Oeste da Bahia nas últimas cinco décadas pautou-se na premissa de “modernização” e “desenvolvimento econômico, político e social”. Todavia, o que se vê por aqui, é um emaranhado de estratégias marcadas pela violência e pelo intenso colonialismo que resultam em precarização territorial, marginalização, invisibilização e subalternização dos povos indígenas Atikum em específicos e camponeses. Em meio a este cenário, estes sujeitos se organizam enquanto grupos pela afirmação dos seus direitos aos territórios. Essas lutas baseiam-se na afirmação de suas práxis de r-existências materializadas em múltiplas territorialidades como projetos alternativos de sobrevivência e modo de vida local frente aos projetos neoliberal que excluem tais populações. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi compreender o processo de ontologização de produção do espaço – territórios do assentamento rural agrário do Benfica, ao focarmos nas territorialidades subalternas, nos usos e apropriação e como estas o caracteriza em territórios da diferença, bem como, analisar as trincheiras de lutas por espaços, territórios, autonomia, justiça cognitiva, justiça ecológica, justiça social, justiça de gênero e práxis de r-existências. Para tanto, me pautei em diversos percursos metodológicos de forma que me permitisse abarcar a produção coletiva de conhecimentos dos diversos sujeitos subalternizados do campo, desde escutas ao considerar o lugar de enunciação dos indígenas Atikum e camponeses, entrevistas, diário de campo, áudios, registros fotográficos bem como a investigação – ação – participativa ao imergir nas práticas territoriais de base comunitária dos sujeitos desta pesquisa. Dessa forma, foi possível constatar que essas diversas práxis pautadas em mundos, conhecimentos e racionalidades outras promove a capacidade de r-existir frente aos projetos neoliberais regional/local ao passo que propicia a estes povos um intenso levante de reivindicação de novas identidades políticas que ultrapassem a base material dos territórios e que seja centrada principalmente nos direitos ontológicos de SER, existir e nas diferenças. |
Abstract: | The agro-energy business model of capitalist expansion and privatization of territories that has advanced over the West of Bahia in the last five decades has been based on the premise of “modernization” and “economic, political and social development”. However, what we see here is a tangle of strategies marked by violence and intense colonialism that result in territorial precariousness, marginalization, invisibility and subordination of the Atikum indigenous peoples in particular and peasants. In the midst of this scenario, these individuals organize themselves as groups to assert their rights to their territories. These struggles are based on the affirmation of their praxis of re-existence materialized in multiple territorialities as alternative projects of survival and local way of life in the face of neoliberal projects that exclude these populations. Thus, the objective of this research was to understand the ontologization process of the production of space – territories of the rural agrarian settlement of Benfica, by focusing on subaltern territorialities, uses and appropriation and how these characterize it in territories of difference, as well as analyzing the trenches of struggles for spaces, territories, autonomy, cognitive justice, ecological justice, social justice, gender justice and praxis of r-existences. To this end, I was guided by several methodological approaches in a way that allowed me to encompass the collective production of knowledge of the various subalternized subjects of the field, from listening to consider the place of enunciation of the Atikum indigenous people and peasants, interviews, field diaries, audios, photographic records as well as participatory investigation – action – by immersing myself in the community-based territorial practices of the subjects of this research. In this way, it was possible to verify that these diverse praxis based on other worlds, knowledge and rationalities promotes the capacity to re-exist in the face of regional/local neoliberal projects while providing these people with an intense uprising of demands for new political identities that go beyond the material base of territories and that are centered mainly on the ontological rights of BEING, existing and differences. |
URI: | http://hdl.handle.net/11612/6977 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Geografia |
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